Variável microeconômica
Uma variável microeconômica é uma variável econômica que reflete um fenômeno microeconômico.
Em outras palavras, é uma variável econômica porque reflete a evolução ou descreve uma situação específica da economia e, ao mesmo tempo, é microeconômica porque trata do estudo individual dos agentes econômicos.
Ao contrário das variáveis macroeconômicas, que lidam com valores agregados, as variáveis microeconômicas focam no estudo individual. E, honrando sua definição, diremos que representa uma qualidade ou característica de determinado agente econômico. Como regra geral, quando você junta os valores de todas as variáveis microeconômicas, resulta uma variável macroeconômica.
Ou seja, uma variável macroeconômica é composta por muitas variáveis microeconômicas que representam a mesma característica. Por exemplo, a produção da padaria do seu bairro é uma variável microeconômica. Essa variável refere-se à produção de uma loja que produz pães e outros produtos naquele bairro daquela cidade. Se somarmos todas as produções de todas as padarias, de todos os bairros de todas as cidades de um país, o que teremos? Teremos a produção total de pão de um país. Ou seja, uma variável macroeconômica ou agregada.
Outro exemplo poderia ser o gosto de um consumidor. Este indicador, ao contrário do anterior, não é diretamente observável. Podemos coletar dados que nos fazem intuir as preferências do consumidor, no entanto, são dados muito mais complexos de coletar. Como poderíamos saber como os indivíduos vão se comportar diante de um determinado imposto?
Para que serve uma variável microeconômica?
Uma variável microeconômica é geralmente usada como parte de uma variável macroeconômica. Como já dissemos, quando você leva em conta todas as observações de uma determinada variável microeconômica, ocorre uma variável macroeconômica.
Entender como uma variável microeconômica evolui é essencial para entender posteriormente as variáveis agregadas. Desta forma, pode-se analisar a economia com muito mais profundidade e precisão do que alguém que não o faz.
Um exemplo do acima, poderíamos colocá-lo com a produção de aço. Suponha que uma cidade produza muito aço e haja muitos produtores. Se somarmos a produção de cada produtor, temos como resultado a produção total de aço na referida cidade. Imaginemos que um dos produtores comece a crescer mais que os demais e aumente muito sua produção e seus lucros. Enquanto isso, os demais produzem cada vez menos e até têm prejuízos. A variável macroeconômica nos levaria a dizer que o setor siderúrgico naquela cidade é grande e que os produtores estão ganhando mais a cada ano. No entanto, a realidade é que apenas um está fazendo isso. O que não é necessariamente ruim, pois pode ser consequência da exploração de uma vantagem competitiva.
Por fim, é importante dizer que nem sempre as variáveis microeconômicas são utilizadas como parte das variáveis macroeconômicas. Em outras ocasiões, é interessante saber como essas variáveis se comportam para, por exemplo, melhorar os resultados de um determinado negócio.
Principais variáveis microeconômicas
As principais variáveis microeconômicas são:
- produção de uma empresa.
- Dívida de uma empresa.
- Despesas de uma empresa.
- O consumo das famílias.
- Salário de um trabalhador.
- Preferências de um consumidor.
- Gostos do consumidor.
- Poupança pessoal.
- Valor de um investimento pessoal.
- Aversão a risco.
Crítica das variáveis microeconômicas
Muitas das variáveis com as quais se trabalha em microeconomia são variáveis intuídas. Ou seja, variáveis hipotéticas. Dizemos variáveis hipotéticas, porque são baseadas em hipóteses. Por exemplo, na aversão ao risco, podemos trabalhar com indivíduos avessos ao risco, neutros ao risco ou amantes do risco.
Da mesma forma, quando falamos de salários, geralmente o fazemos com o salário médio ou com o salário mediano. Isso se deve ao fato de não termos o valor real da variável microeconômica e, portanto, trabalhamos com aproximações ou estimativas.