Segurança alimentar
A segurança alimentar é o estado de certeza na disponibilidade e acesso de alimentos para consumo humano.
Em outras palavras, a segurança alimentar é a capacidade das pessoas de obter (produzir ou comprar) alimentos suficientes para cobrir suas necessidades básicas que lhes permitam levar uma vida saudável e ativa.
A segurança alimentar de um país ocorre quando ele tem capacidade de produzir alimentos suficientes para suprir as necessidades nutricionais de sua população.
Características da segurança alimentar
Para ter certeza da disponibilidade de alimentos, certas condições devem ser atendidas, que são:
- Disponibilidade de meios de consumo.
- Suficiência para atender as necessidades.
- Estabilidade ao longo do tempo.
- Cultura de boa nutrição.
- Administração correta dos alimentos.
Deve-se ter em mente que a capacidade de nutrição adequada não tem a ver apenas com a ingestão alimentar, mas também com fatores não alimentares, como ausência de doenças, práticas e higiene.
Indicadores de segurança alimentar
A quantificação do grau de segurança alimentar permite determinar a natureza, o alcance e a urgência do atendimento das necessidades nutricionais da população afetada, determinar as fases e classificá-las. Com este objetivo, foram desenvolvidos diversos indicadores.
É por isso que existem diferentes formas de medir a segurança alimentar que mostram informações práticas para identificar qual população do mundo é vulnerável. E, dessa forma, orientar intervenções e políticas, a fim de evitar que faltem alimentos para sua subsistência.
Algumas delas são:
- % peso ao nascer (menos de 2,5 kg)
- Baixa estatura em crianças em idade pré-escolar ou escolar (retardo de crescimento ou nanismo, de acordo com as estatísticas médias do país onde é medida).
- Baixo Índice de Massa Corporal (IMC) em adultos ou adolescentes.
- Baixo nível de hemoglobina (anemia) em crianças, homens e mulheres que não estão grávidas ou amamentando.
- Bócio em crianças devido à deficiência de iodo na dieta.
- Taxa de mortalidade materna.
- Instabilidade na produção e consumo de alimentos básicos
- Calorias per capita.
- Variabilidade na produção de alimentos de um país, para o qual é necessária a importação de alimentos básicos.
Desafios da segurança alimentar
Entre os desafios mais proeminentes enfrentados pela segurança alimentar estão os seguintes:
Mudança climática.- Fenômenos meteorológicos que afetam as culturas.
- Aumento da taxa de natalidade.
- Aumento da expectativa de vida ao nascer.
- Uso ineficiente dos recursos naturais.
Pobreza.- Esgotamento de extensões de terra arável.
Decisões para garantir a segurança alimentar
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) é uma organização internacional que lidera os esforços para acabar com a fome no mundo. E faz uma série de recomendações e planos para garantir a segurança alimentar:
- Transferir recursos financeiros para pessoas que não têm a possibilidade de satisfazer suas necessidades básicas devido à incapacidade de trabalhar. Seja por doença incapacitante, por efeitos de desastres naturais, por crises econômicas, por não ter idade para ser economicamente ativo.
- Além disso e olhando para o futuro, é necessário aproveitar a ciência, a tecnologia e a inovação como pilares fundamentais para alcançar a inclusão equitativa e a resiliência dos sistemas alimentares.
- Reduzir o grau de exposição ao risco, fortalecer a capacidade de resposta.
- Programas seletivos de alimentação direta. Estes incluem refeições escolares; alimentação de gestantes ou lactantes, bem como de crianças menores de cinco anos por meio de centros de atenção primária; cozinhas de sopa; e refeitórios especiais.
- Programas de comida por trabalho.
- Programas de transferência de renda
- Estes podem ser em dinheiro ou em espécie, podem incluir vales-alimentação, alimentos subsidiados e outras medidas dirigidas às famílias pobres.