Portanto, estamos diante de uma forma de fazer as coisas em que o principal é a melhoria do bem ou serviço final. Assim, quando uma rede de valor (ou cadeia de valor) se origina em uma empresa, são gerados determinados procedimentos eficazes e eficientes que agregam valor aos clientes.

Por exemplo, uma empresa propõe um processo de produção para criar um produto final, batatas fritas. Nesse caso, tanto a decisão de usar a melhor matéria-prima (batata) quanto a decisão de usar azeite ou óleo de girassol visam fazer as melhores batatas fritas do mundo.

Vejamos algumas das características mais relevantes de uma rede de valor.

• Podemos dizer que existem dois tipos de valor, o econômico e o competitivo. A primeira tem uma medida objetiva em dinheiro e a segunda, meramente subjetiva.
• Nas redes, as informações do mercado são compartilhadas e isso é fundamental para subsidiar a tomada de decisões.
• O ponto de interesse não é o custo-benefício, mas a criação de valor nas diferentes fases do processo produtivo.
• As redes são orientadas para a eficácia e eficiência.
• Inovação e transferência de tecnologia são duas variáveis-chave.
• A competitividade, baseada em redes, permite obter vantagens competitivas ao fornecer valor adequado para o cliente.

As redes de valor podem ser classificadas de várias maneiras de acordo com dois critérios.

• Com foco nos participantes, temos redes internas, se todos pertencem à empresa, e externas, se alguns pertencem e outros não.
• Por outro lado, para o nível de conhecimento temos a rede de valor estável, na qual esse nível não varia ao longo do tempo. Além disso, há o incremental, que está aumentando. Por fim, os emergentes, que estão relacionados à velocidade das mudanças no mercado.

A tecnologia é um fator que ao longo do tempo se tornou, talvez, o mais relevante. Por isso, sua relação com as redes de valor é clara. Na verdade, todos os processos da empresa têm um aspecto tecnológico.

A Internet, a rede de redes, tornou-se o principal veículo dentro e fora da empresa. Por outro lado, a tecnologia da informação permitiu o desenvolvimento de programas poderosos relacionados a todas as atividades da empresa, desde a gestão até a produção.

Portanto, a relação entre uma rede de valor e tecnologia é evidente. Os primeiros precisam dos segundos em mercados globais onde as localizações são diversas. Assim, se tivermos clientes de vários países que não o nosso, a única forma de comunicação é a Internet.

Vejamos um exemplo de uma rede de valor. A criação de conteúdos relacionados com a economia, como é o caso da Economipedia. A ideia original é uma página web que permite ao leitor conhecer mais sobre esta ciência social. Por exemplo, qual é o PIB ou a taxa de desemprego.

Um primeiro passo teria sido definir a missão da empresa. Isso deve ser geral e baseado na lógica da ideia original. Por exemplo, dar a conhecer a economia de uma forma simples e divertida.

Agora temos que descobrir o que os usuários querem, o que procuram, como gostariam de ser mostrados ou qual deveria ser a frequência desses conceitos ou definições. Ou seja, devemos saber como vamos criar valor.

É claro que não devemos esquecer o aspecto econômico. Dessa forma, devemos buscar fontes de financiamento, colaboradores e pessoas que nos ajudem na parte técnica ou fiscal. Em suma, nesta rede de valor procuramos eficácia e eficiência para proporcionar ao utilizador aquilo que procura.