Qual tem sido a evolução do consumo no México pós-pandemia e expectativas para 2022
A pandemia de Covid-19 que ainda persiste e que se originou mundialmente no início de 2020, impactou totalmente o consumo da população, seus hábitos e seu poder aquisitivo.
O comportamento do consumo e do investimento, bem como a recuperação econômica do México, desde os primeiros meses do ano passado, tem sido vinculado à situação da saúde, conforme alertado em repetidas ocasiões pelo Banco do México, principalmente na voz de seu Governador , Alejandro Diaz de León.
A recuperação do consumo para níveis semelhantes aos da pré-pandemia é determinada pelo dinamismo que a demanda agregada pode alcançar, por um lado, e, por outro, pelo grau de efeitos negativos sobre os setores produtivos impactados pela encerramento das atividades no calor das recomendações das autoridades sanitárias.
Hábitos do consumidor em tempos de coronavírus
Um dos comportamentos mais marcantes no consumo da população nacional é o boom de compras em locais próximos de casa, igualando os hábitos de compra nas grandes redes que, em contrapartida, – como explica o portal Kimbino especializado em divulgar para a comunidade os catálogos e descontos das principais marcas mexicanas – as promoções do têm promovido ofertas de compra, novos meios de pagamento e entregas em domicílio para evitar a circulação de pessoas e sua aglomeração.
- Locais próximos como a esquina ou a loja de conveniência ganharam relevância.
- Dado que as famílias saíram (e saem) menos para evitar o contágio, as compras hoje estão ligadas às tecnologias digitais que fazem parte do hábito de consumo de uma faixa etária muito aberta, às ofertas e aos meios de comunicação. A combinação desses elementos está ligada à geração de aumento de demanda.
Quanto aos negócios mais afetados no último ano, estudos privados e públicos indicam que as lojas de autoatendimento foram as mais atingidas, já que a prática de carregar carrinho cheio diminuiu consideravelmente.
- A Câmara Nacional da Indústria de Conservas de Alimentos (CANAINCA), prevê uma recuperação de 28% no consumo para o último trimestre deste ano, à medida que muitos consumidores e empresas se acostumam com as tecnologias digitais.
Entre 2020 e 2021, a compra de produtos relacionados à home care cresceu quase 22%, em produtos como cloro, limpadores, guardanapos, sabonete em barra e detergentes para roupas. Os cuidados pessoais e hábitos de higiene estão instalados em quase toda a população nacional.
De acordo com a evolução, o que esperar para 2022
Há algumas semanas, foi realizado o painel “Financiamento na era pós Covid-19”, organizado pela Confederação de Câmaras Industriais do México (Concamin), e ali gestores e empresários de empresas destacaram que será fundamental para nos próximos meses o investimento produtivo, na medida em que é o capital que determinará a velocidade da recuperação econômica. E nesse caminho, os bancos serão parte da solução.
O papel das tecnologias digitais na sustentação e aumento do consumo também provou ser essencial, portanto, espera-se que o desenvolvimento dessas tecnologias incentive o aumento do consumo de alimentos e eletrodomésticos. A chave para isso também será o aumento da oferta de trabalho e um aumento acentuado do poder de compra que pode desafiar os níveis inflacionários. Nesse sentido, as perspectivas de criação de emprego formal são melhores diante da revisão para cima do PIB, mas a expectativa é que não retorne aos níveis pré-pandemia até 2022.