Política de portas abertas da OTAN
A política de portas abertas da OTAN consiste na possibilidade de as partes decidirem por unanimidade sobre a entrada de um novo membro que possa ajudar a alcançar os objetivos para os quais a Organização do Tratado do Atlântico Norte foi criada.
Portanto, estamos diante de uma forma de fazer política, neste caso por uma entidade militar, a OTAN. O que se busca é permitir a entrada em outros países e assim, pelo menos em tese, aprimorar e promover os princípios do tratado que o regulamenta.
Como tudo, seja positivo ou negativo, vai depender de como esta opção é utilizada. Se não forem esquecidos os motivos de sua criação e quais são os objetivos em relação aos países membros, uma nova entrada pode representar um avanço e um benefício para os membros.
A razão de ser da OTAN
A Organização do Tratado do Atlântico Norte é uma aliança militar cuja regulamentação está estabelecida no tratado de mesmo nome. Seu objetivo é a defesa coletiva dos Estados membros. Por sua vez, o bloco oriental assinou o Pacto de Varsóvia, em oposição a este.
Sua sede fica em Bruxelas (Bélgica) e é composta por 30 países. Além disso, conta com um programa, Peace Association, com o qual vários estados colaboram em diferentes níveis. Começando com a Guerra da Coréia, tornou-se uma coalizão permanente com uma estrutura militar.
Perante um mundo globalizado e em mudança, a política de portas abertas da OTAN pode ser uma solução para muitos dos seus problemas. De fato, em certa medida, como veremos a seguir, permitiria ter aliados relevantes na esfera europeia.
A Política de Portas Abertas da OTAN e a Guerra da Ucrânia
Em 2018, a OTAN considerou permitir a entrada da Geórgia, uma ex-república soviética. Algo semelhante aconteceu com a Armênia, que não fez parte dela. Esta foi a razão geoestratégica pela qual eles também estavam interessados na entrada da Ucrânia no tratado.
Assim, em março de 2022, o secretário-geral da OTAN argumentou que a Ucrânia já cumpre a maioria das condições e, além disso, existem vários acordos de associação em vigor. Dessa forma, aquele país modificou sua Constituição para prever a entrada na União Européia e na OTAN.
Em dezembro de 2021, a Rússia solicitou um acordo por escrito que impediria a adesão da Ucrânia. Assim, ele queria evitar ser completamente cercado por membros da aliança. Os russos alegam que a influência dos EUA está por trás disso, mas a OTAN rejeitou esse pedido.