Em outras palavras, as perdas acumuladas são retificações feitas por eventos ocorridos em anos anteriores (ou que afetam esses períodos anteriores), e que geram efeito redutor nos resultados da empresa.

As perdas acumuladas podem ocorrer, por exemplo, devido a alterações nas normas contábeis ou erros detectados hoje nos saldos de anos anteriores.

Então, essas mudanças ou fatos identificados podem ser considerados, devido aos seus efeitos, no exercício corrente.

Para entender com mais clareza, digamos que ao balancear uma empresa em 2020, o contador encontre um erro nos saldos de 2019, por exemplo, uma perda que não foi incluída por perda de estoque. Isso pode ser incluído no exercício de 2020 como uma perda acumulada.

Neste ponto, devemos lembrar que o prejuízo contábil é uma diminuição do patrimônio (bens e direitos) de uma empresa.

As perdas acumuladas são uma subconta dos resultados acumulados. São aqueles lucros ou perdas sobre os quais os sócios da empresa não tomaram uma decisão.

Para os lançamentos contábeis dos resultados acumulados, segue-se a seguinte dinâmica:

Um débito é registrado quando:

• São fornecidos ajustes de períodos anteriores e estes correspondem a maiores perdas ou menores lucros.
• A perda é relatada para o período atual.
• A aplicação de lucros como dividendos ou destinação para reservas.
• Perdas geradas por mudanças nas normas contábeis e erros contábeis.

Um crédito é registrado quando:

• São fornecidos ajustes de períodos anteriores e estes correspondem a maiores lucros ou menores prejuízos.
• Os lucros são registrados no período.
• A cobertura de uma perda é feita.
• Os lucros gerados por mudanças nas normas contábeis e erros contábeis.

Os resultados acumulados e, portanto, as perdas acumuladas, fazem parte do patrimônio líquido, dentro do balanço patrimonial. Portanto, um débito representa uma diminuição no saldo da conta, enquanto um crédito, ao contrário, significa um aumento.

Suponha que a empresa UHY se esqueça em 2020 de registar um pagamento a um dos seus fornecedores no valor de 5.000 euros (nem foi registada a existência do serviço recebido nem o pagamento efetuado). No ano seguinte, ao identificar o erro, a empresa poderia reconhecer a omissão com o seguinte lançamento nas contas de 2021: