Países dos PORCOS
PIGS ou PIGS países é um acrônimo usado por certos países europeus e não europeus para se referir às economias do sul da Europa. Neste caso, Portugal, Itália, Grécia e Espanha.
A sigla PIGS (em inglês, Portugal, Itália, Grécia e Espanha), portanto, refere-se a essas quatro economias. No entanto, após a Grande Recessão de 2008, surgiram variantes como PIIGS ou GIPSI, incluindo a Irlanda e a Islândia entre elas. Além de às vezes incluir o Reino Unido, referindo-se a eles como PIGGS ou PIIGGS. Uma condição que foi até atribuída à França, embora esta última proposta não tenha prosperado.
Em suma, estamos falando de uma sigla que geralmente se refere aos quatro primeiros países mencionados. E essa sigla, cabe ressaltar, que surge e é usada em sentido pejorativo. Ou seja, a sigla é usada pela mídia, analistas, comentaristas e até políticos para se referir a esses países como países que se dizem exemplares na Europa, mas que, na verdade, eram países pobres que recentemente começaram a prosperar. Em outras palavras, refere-se à periferia europeia, que tem problemas relacionados ao seu déficit e ao seu balanço de pagamentos.
Por esta razão, muitos cidadãos, políticos, empresários, bem como cidadãos dos países a que esta sigla se refere, ficaram chateados ao ver tal expressão em meios de comunicação de prestígio como o Financial Times, The Economist, Newsweek, entre outros. Pois bem, refere-se a economias europeias que, analisadas, não estão tão distantes das economias daqueles cidadãos que utilizam esse conceito.
Quais são os países PIGS?
A sigla PIGS refere-se aos seguintes países:
- Portugal (P).
- Itália (I).
- Grécia (G).
- Espanha (S).
A variante PIIGS ou GIPSI refere-se à inclusão da Irlanda.
Quando falamos de PIIIGS, falamos da inclusão da Islândia.
Se falamos de PIGGS ou PIIGGS, falamos da inclusão do Reino Unido.
Características dos países PIGS ou PIGS
Como regra geral, os criadores da sigla referem-se a países com as seguintes características negativas:
- Países da periferia da Europa.
- Com déficits e problemas no balanço de pagamentos.
- Países historicamente mais pobres da Europa.
- Países que precisaram de mais ajuda da União Europeia.
- Economias do euro mais fracas, com fortes contrações econômicas.
- Com alto desemprego e endividamento interno e externo.
- Em casos como a Grécia, países que exigiram um resgate.
Em suma, estabelece uma distinção entre os países mais poderosos da Europa e as economias mais fracas e carentes. Motivo pelo qual o termo gerou críticas, sendo o termo considerado como “classista”.
Críticas à sigla “PIGS” ou à expressão “PIGS países”
O fato de muitos meios de comunicação nomearem essas economias como “PIGS”, que significa “porcos” em inglês, gerou críticas de muitos países que viam esse nome como uma expressão de classe de determinados países. Uma expressão que tentava discriminar essas economias do sul, que, a priori, não tinham poder econômico e finanças tão saudáveis quanto as maiores.
No entanto, devido à falta de critérios com que esse conceito foi utilizado, inúmeros analistas foram muito críticos em relação à expressão.
Nesse sentido, países como o Reino Unido ou os Estados Unidos apresentam desequilíbrios orçamentários mais elevados do que Espanha ou Itália, por exemplo. A dívida nos Estados Unidos excede em muito a dívida espanhola. Enquanto a Irlanda, ao contrário do Reino Unido, por exemplo, tem sido considerada um “milagre econômico” e um exemplo a ser seguido por muitas economias do mundo.
Dados como os citados geraram um conflito, pois o The Economist ou o Financial Times não diziam a verdade quando falavam de uma deterioração maior nas economias dos PIGS do que em outros como os encontrados nesses jornais. Pois bem, em 2008, o jornal Financial Times provocou inúmeros protestos de cidadãos que, aludidos pela expressão, apontavam dados que mostravam a ausência de critérios para selecionar as economias integrantes desse grupo repudiado.