linhas oblíquas
Linhas oblíquas são aquelas que se cruzam em algum ponto, formando quatro ângulos que não são retos (90º). Assim, desses ângulos, cada um é igual ao seu oposto, formando dois ângulos que medem α e dois que medem β.
Para entender de outra forma, duas linhas oblíquas se cruzam formando dois ângulos agudos (menos de 90º) e dois ângulos obtusos (mais de 90º). Todos os quais somam um ângulo completo (de 360º).
Linhas oblíquas são um tipo de linhas que se cruzam, ou seja, elas se cruzam em um ponto. Da mesma forma, duas linhas oblíquas não são perpendiculares (formam quatro ângulos de 90º), nem podem ser paralelas (aquelas que não se cruzam em nenhum ponto).
Vale lembrar que a reta é uma sequência infinita de pontos que vai em uma única direção, ou seja, não apresenta curvas.
No exemplo, podemos ver como duas linhas oblíquas formam quatro ângulos, uma propriedade importante é que os ângulos agudos, que no exemplo são aqueles que medem 42,8º, são iguais e se encontram um no lado oposto do outro. O mesmo acontece com os ângulos obtusos (que no exemplo medem 137,2º).
Lembremos também que, da geometria analítica, duas retas são oblíquas quando sua inclinação não é a mesma (caso em que seriam paralelas) e não é verdade que a inclinação de um seja igual ao inverso da inclinação da outro com o sinal invertido (nesse caso seriam perpendiculares).
Devemos também salientar que as linhas podem ser descritas através de uma equação como a seguinte:
y=mx+b
Assim, na equação y é a coordenada no eixo das ordenadas (vertical), x é a coordenada no eixo das abcissas (horizontal), m é a inclinação (inclinação) que forma a linha em relação ao eixo das abcissas , e b é o ponto onde a linha intercepta o eixo das ordenadas.
Exemplo de linhas oblíquas
Vejamos um exemplo para determinar se duas linhas são oblíquas. Suponha que a linha 1 passe pelo ponto A(3,1) e pelo ponto B(-3,4). Da mesma forma, a linha 2 passa pelo ponto C(8,3) e pelo ponto D(-7,-3). As duas linhas são oblíquas?
Primeiro, encontramos a inclinação da linha 1, dividindo a mudança no eixo y pela mudança no eixo x. Isso, quando vamos do ponto A ao ponto B. Então, no eixo y, vamos de 1 a 4, então a variação é 3, enquanto no eixo x vamos de 3 a -3, sendo a variação -6. Então, sendo m1 a inclinação da linha 1, calculamos:
m1=(4-1)/(-3-3)= 3/(-6)=-0,5
Da mesma forma, fazemos o mesmo procedimento com a linha 2 para encontrar sua inclinação (m2), supondo que vamos do ponto C ao ponto D:
m2=(-3-3)/(-7-8)=-6/-15=0,4
Como podemos ver, as linhas têm inclinações diferentes e uma não é a inversa da outra com o sinal alterado (isso aconteceria se m1 for -0,5 e m2 for 2, por exemplo). Portanto, a linha 1 e a linha 2 são linhas oblíquas.