Definição e Exemplos da Taxa Interna de Retorno (TIR)
A taxa interna de retorno (TIR) é o retorno oferecido por um investimento. Ou seja, é o percentual de lucro ou prejuízo que um investimento terá para os valores que não foram retirados do projeto.
É uma medida utilizada na avaliação de projetos de investimento para verificar a viabilidade de um investimento. Permite comparar investimentos entre eles. Quanto maior a TIR, melhor o investimento.
Está intimamente relacionado com o valor presente líquido (VPL). De fato, a TIR também é definida como o valor da taxa de desconto que torna o VPL igual a zero, para um determinado projeto de investimento.
A taxa interna de retorno (TIR) nos dá uma medida relativa de lucratividade, ou seja, ela será expressa em porcentagem. O principal problema está no seu cálculo, pois o número de períodos dará a ordem da equação a ser resolvida. Para resolver esse problema, você pode usar várias abordagens, usar uma calculadora financeira ou um programa de computador.
Ao avaliar a viabilidade de um projeto de investimento, é importante levar em consideração a taxa de desconto desse projeto. Se a taxa de desconto for maior que a TIR, o projeto não é viável, pois nos custa mais financiar o projeto do que obtemos no longo prazo para o investimento, uma vez que os pagamentos futuros foram descontados a valor presente. Por exemplo, se a TIR for igual a 3%, mas a taxa de desconto for 5%, o projeto não será viável.
Como é calculada a TIR?
Também pode ser definido com base em seu cálculo, a TIR é a taxa de desconto que iguala, no momento inicial, a corrente futura de cobranças com a de pagamentos, gerando um VPL igual a zero:
F t são os fluxos de dinheiro em cada período t
I 0 é o investimento feito no momento inicial ( t = 0 )
n é o número de períodos de tempo
Critérios de seleção de projetos de acordo com a taxa interna de retorno
Os critérios de seleção serão os seguintes onde “k” é a taxa de desconto de fluxo escolhida para o cálculo do VPL:
- Se TIR > k , o projeto de investimento será aceito. Neste caso, a taxa interna de retorno que obtemos é superior à taxa mínima de retorno exigida sobre o investimento.
- Se IRR = k , estaríamos em situação semelhante à que ocorreu quando o VPL era igual a zero. Nesta situação, o investimento poderá ser realizado caso a posição competitiva da empresa melhore e não existam alternativas mais favoráveis.
- Se TIR < k , o projeto deve ser rejeitado. A rentabilidade mínima que pedimos para o investimento não é atingida.
Representação gráfica da TIR
Como discutimos anteriormente, a Taxa Interna de Retorno é o ponto em que o VPL é zero. Portanto, se traçarmos o VPL de um investimento no eixo das ordenadas e uma taxa de desconto (yield) no eixo das abcissas, o investimento estará em uma curva descendente. A TIR será o ponto em que esse investimento cruza o eixo das abcissas, que é o local onde o VPL é igual a zero:
Se traçarmos a TIR de dois investimentos podemos ver a diferença entre o cálculo da VAN e da TIR. O ponto onde eles se cruzam é conhecido como interseção de Fisher.
Desvantagens da Taxa Interna de Retorno
É muito útil avaliar projetos de investimento, pois nos informa a rentabilidade do referido projeto, porém apresenta alguns inconvenientes:
- Hipótese de reinvestimento do fluxo de caixa intermediário: pressupõe que os fluxos de caixa líquidos positivos são reinvestidos em “r” e que os fluxos de caixa líquidos negativos são financiados em “r”.
-
A inconsistência da TIR : não garante atribuir um retorno a todos os projetos de investimento e existem soluções matemáticas (resultados) que não fazem sentido econômico:
- Projetos com vários r’s reais e positivos.
- Projetos sem sentido econômico.
Exemplo de TIR
Suponha que eles nos ofereçam um projeto de investimento no qual tenhamos que investir 5.000 euros e nos prometam que depois desse investimento receberemos 2.000 euros no primeiro ano e 4.000 euros no segundo ano.
Então os fluxos de caixa seriam -5000/2000/4000
Para calcular a TIR, devemos primeiro definir o VPL igual a zero (definindo os fluxos de caixa totais iguais a zero):
Quando temos três fluxos de caixa (o inicial e mais dois) como neste caso temos uma equação de segundo grau:
-5000(1+r)^2 + 2000(1+r) + 4000 = 0.
O “r” é a incógnita a ser resolvida. Ou seja, a TIR. Podemos resolver esta equação e verifica-se que r é igual a 0,12, ou seja, uma rentabilidade ou taxa interna de retorno de 12%.
Quando temos apenas três fluxos de caixa, como no primeiro exemplo, o cálculo é relativamente simples, mas à medida que adicionamos componentes, o cálculo se torna mais complicado e para resolvê-lo provavelmente precisaremos de ferramentas de computador como Excel ou calculadoras financeiras.
Outro exemplo de TIR…
Vejamos um caso com 5 fluxos de caixa: Suponhamos que nos oferecem um projeto de investimento no qual temos que investir 5.000 euros e nos é prometido que depois desse investimento receberemos 1.000 euros no primeiro ano, 2.000 euros no segundo ano, 1.500 euros no terceiro ano e 3.000 euros no quarto ano.
Portanto, os fluxos de caixa seriam -5000/1000/2000/1500/3000
Para calcular a TIR, devemos primeiro definir o VPL igual a zero (definindo os fluxos de caixa totais iguais a zero):
Nesse caso, o uso de uma calculadora financeira nos diz que a TIR é de 16%. Como podemos ver no exemplo do VPL, se assumirmos que a TIR é de 3%, o VPL será de 1.894,24 euros.
A fórmula do Excel para calcular a TIR é precisamente chamada de “tir”. Se colocarmos os fluxos de caixa em diferentes células consecutivas e em uma célula separada incorporarmos toda a faixa, isso nos dará o resultado da TIR.
Você também pode estar interessado na comparação entre a VAN e a TIR.