Ted Levitt, economista e professor da Universidade de Harvard, refere-se a esse conceito em seu artigo “Marketing myopi” na Harvard Business Review, onde destaca o erro que as empresas cometem em seus primórdios ao não levar em conta as necessidades dos clientes. para problemas futuros nas empresas.

Segundo Levitt, os consumidores apresentam uma série de necessidades e problemas, sendo estes os objetivos que as empresas devem abordar para criar artigos que satisfaçam essas deficiências.

Alguns exemplos de miopia de marketing são:

1. O caso Kodak: Os fabricantes de fotos não viram inimigos ou concorrência nos telefones celulares que começaram a tirar fotos digitais. Eles estavam relutantes em abandonar a fotografia analógica, o que levou a uma crise no setor. Eles perceberam que esses itens satisfaziam a necessidade dos clientes de imortalizar digitalmente as imagens no momento, então tiveram que adaptar seus produtos ao que o público estava pedindo.
2. A indústria cinematográfica: Quando o uso da Internet começou a ganhar importância entre os usuários, a indústria cinematográfica se recusou a adaptar seus produtos a esse formato sem levar em conta as necessidades do público que passou a navegar diariamente, baixar ilegalmente e assistir a filmes. Foi um choque e eles tiveram que adaptar suas obras para esse meio. Hoje em dia já é possível assistir a filmes e muitas estreias são feitas pela internet.
3. A indústria da música: Os discos de vinil clássicos eram os produtos habituais dessas empresas. Quando surgiu a necessidade de as pessoas ouvirem música enquanto praticavam esportes ou viajavam, surgiram itens que atendiam a essas necessidades, mas grandes marcas como a sony inicialmente relutaram em avaliar as necessidades que os usuários exigiam e adaptar seus produtos a elas. Atualmente produtos como mp4, ipod têm facilitado essas necessidades que os clientes exigiam.

Em suma, a miopia do marketing fez com que muitas empresas líderes perdessem clientes por não encontrarem os produtos de que precisavam para satisfazer suas necessidades. Assim, as empresas tiveram que adaptar seus artigos enquanto os usuários recorriam à concorrência para adquiri-los, pois não conseguiam encontrá-los em marcas importantes que relutavam em valorizar o que o público solicitava.