É um mecanismo utilizado por grandes corporações e instituições e por meio do qual é contratada a compra e emissão de dívida com uma instituição financeira ou instituição de crédito.

Em primeiro lugar, quando uma grande empresa ou instituição pública ou privada necessita de financiamento, normalmente recorre às grandes entidades canalizadoras de investimentos e fluxos financeiros para que, além de aconselhá-la, coloquem à venda os títulos de dívida.

Bancos ou instituições de investimento concedem financiamento para determinado projeto, ou seja, emprestam dinheiro à entidade, e depois ela divide a dívida em vários títulos que podem ser colocados à venda ao público . Geralmente são produtos de médio e longo prazo, são considerados renda fixa, pois os juros a serem recebidos/percebidos são conhecidos antecipadamente, e diferem de um prazo fixo por ser a entidade concedente que assume o risco, uma vez que é quem concedeu os empréstimos, enquanto por sua vez emite os títulos com os quais pode obter maior retorno.

Imagine um caso em que uma grande empresa precisa de financiamento no valor de 500 milhões. Esta empresa contacta três bancos, A, B e C, que se comprometem a conceder financiamentos no valor de 250, 150 e 100 milhões e com juros de 5%, 4% e 6% respectivamente.

Por sua vez, essas entidades decidem dividir a dívida e estabelecer títulos de um milhão cada, para os quais 500 títulos serão colocados em circulação no mercado com juros de 2%, 3% e 4% dos bancos A, B e C respectivamente .

Qual será o lucro então?

O Banco A terá um lucro bruto de 3% e 7,5 milhões, o Banco B uma margem de 1% e 1,5 milhão, e o Banco C fará 2 milhões com uma margem de 2%.

É uma boa operação, uma vez que os empréstimos geralmente baseiam a sua solvência na qualidade e prestígio da instituição, sendo também as entidades emitentes que respondem pelo não pagamento da dívida e são obrigadas a devolver o capital aos seus investidores.