O anarcocapitalismo é uma corrente econômica do liberalismo que surgiu em meados do século XX.

Assim, de acordo com o anarcocapitalismo, para que haja liberdade em uma sociedade, ela deve ser baseada em um sistema de livre mercado. Graças a uma sociedade de livre mercado, é possível realizar trocas pacificamente, sem a intervenção do Estado. E é que, o anarcocapitalismo considera o Estado como um agente agressivo, que expropria e institui impostos, sem esquecer que também tem o poder de criar monopólios e regular mercados.

No plano econômico, deve-se lembrar que a escola austríaca teve uma importante influência sobre o anarcocapitalismo, do qual retira seu método de estudo para as ciências sociais. Esta doutrina tem três princípios fundamentais que são:

1. O princípio da não agressão
2. propriedade privada
3. Lei

O anarcocapitalismo é totalmente contra a violência, por isso proíbe tudo o que representa uma ameaça para as pessoas. Assim, a apuração de tributos, roubos e fraudes serão considerados violência, uma vez que ameaçam a propriedade privada do indivíduo.

Os liberais mais clássicos defendem uma participação mínima do Estado, na qual se limita a garantir o funcionamento da economia de livre mercado e o direito à propriedade privada. Por outro lado, o Estado também deve fornecer segurança e defesa ao estabelecer leis que garantam a justiça.

Pois bem, os anarcocapitalistas veem o Estado como um agente que monopoliza a violência, visto que aufere renda de forma agressiva, por meio de impostos. Assim, o anarcocapitalismo é contrário a qualquer tipo de intervenção estatal. Além disso, os anarcocapitalistas propõem a abolição do Estado.

Diante da agressão do Estado, o anarcocapitalismo propõe a livre iniciativa. Desta forma, através do capitalismo, as trocas podem ocorrer de forma voluntária e pacífica.

O anarcocapitalismo sustenta que todo indivíduo tem direitos de propriedade sobre seu corpo e que cada pessoa pode se apropriar de recursos sem dono por meio do trabalho.

Imaginemos que há terra sem dono. Segundo o anarcocapitalismo, não será suficiente chegar e reivindicar sua propriedade, de modo que a terra terá que ser trabalhada para poder possuí-la. É o que se chama de apropriação original.

Portanto, cada pessoa tem o direito de usufruir dos rendimentos do seu próprio trabalho. No entanto, a propriedade só pode mudar de mãos através de uma troca que deve ser pacífica e voluntária. Em caso de qualquer tipo de violência, essa troca será considerada sem legitimidade.

O anarcocapitalismo também considerou violento que o Estado monopoliza a segurança e a justiça. Uma sociedade de livre mercado tem empresas que podem fornecer justiça sem a necessidade de um único poder central emanando do Estado.

Organizações privadas podem atuar como provedores de serviços de segurança e defesa. Nesse sentido, os anarcocapitalistas defendem que o mercado livre terá empresas que possam prestar esses serviços com maior qualidade e menor custo.