Definição de ações ao portador, o que é e conceito
Uma ação ao portador é aquela em que o proprietário é aquele que possui fisicamente o título. E, portanto, não há nome do proprietário nele. A sua mera posse pressupõe a titularidade das acções e, portanto, confere a qualidade de accionista.
É um tipo de título emitido por uma empresa ou empresa, onde nenhum nome aparece nos livros sociais da empresa. Ao contrário do que acontece com as ações nominativas, onde há registros nos livros da empresa. Será então o titular do mesmo, aquele que provar ser o proprietário.
Uma ação ao portador facilita a vida das empresas que as emitem. Uma vez que a sua transmissão é muito mais simples do que as ações nominativas. Simplesmente, bastaria a troca do título, sem necessidade de fazer anotações nos registros comerciais.
Vantagens de uma ação ao portador
As ações ao portador têm uma série de vantagens sobre outros tipos de ações. Vamos comentar os principais:
- Simplicidade na sua transmissão. A transferência de um proprietário para outro é muito mais rápida do que as ações registradas. Bem, com a simples “mudança de mãos” é suficiente. Nas ações nominativas, é necessário lançar alguns registros nos livros da empresa, portanto, o tempo de transmissão é maior.
- Redução de custos. A não necessidade de registro legal significa que os custos são reduzidos em relação a outras ações que têm essa obrigação.
- Anonimato do proprietário. Como não há registro da ação, os titulares dessas ações não são conhecidos em princípio. E, portanto, nem à participação que venha a ter na empresa.
Desvantagens de uma ação ao portador
Devido ao grau de opacidade que esse tipo de ação possui, a limitação de suas operações vem aumentando ao longo do tempo. Acima de tudo, a não titularidade desse tipo de título vem criando restrições legais e bancárias. No entanto, as limitações criadas têm o mesmo foco, o combate à lavagem de dinheiro.
Aqui estão algumas das desvantagens para os detentores desse tipo de estoque:
- Limitação de sua flexibilidade. Devido ao constante combate ao branqueamento de capitais e à fraude fiscal, a utilização destas ações tem sido limitada. Mesmo naqueles países conhecidos como paraísos fiscais. Para registrar a mudança de titularidade das ações, opta-se pela imobilização da ação. Ou seja, deve ser depositado em uma instituição financeira. O que é prejudicial à sua rápida transmissão de um proprietário para outro.
- Limitação bancária. As entidades bancárias também fazem um forte esforço para prevenir a lavagem de dinheiro. Nesse sentido, os bancos costumam evitar ter como clientes empresas que tenham capital emitido em ações ao portador. Por falta de identidade do titular dessas ações. E caso aceitem este tipo de cliente, a solução para isso é o que foi mencionado na desvantagem anterior. Ou seja, que as ações sejam depositadas no banco, e assim tenham maior controle sobre elas.