Portanto, esta é uma técnica muito útil para a tomada de decisões. Além disso, como veremos no exemplo final, é muito fácil de manusear. Na verdade, o que ele faz é obter uma série de pontuações numéricas que nos permitirão ver qual caminho é melhor.

Por exemplo, vamos imaginar uma cadeia produtiva complexa na qual há uma série de projetos a serem executados e critérios a serem analisados. Com as duas questões montaremos nossa matriz e atribuindo valores chegaremos na situação ótima.

Stuart Pugh (1929-1993), engenheiro projetista inglês, foi o criador da matriz que leva seu nome. Na verdade, o motivo era a necessidade de um sistema simples que pudesse analisar duas variáveis, e as matrizes são ferramentas muito úteis nesses casos.

Esta técnica advém de um conceito muito mais amplo, “Total Design”, redefinido por este autor no seu percurso académico. O que se buscou foi relacionar as necessidades do cliente (mercado) com os recursos da empresa.

Seu funcionamento é relativamente fácil, seguindo alguns passos. No exemplo veremos uma aplicação prática.

1. Em primeiro lugar, devem ser definidas com precisão as alternativas e os critérios que serão utilizados para escolhê-las.
2. Uma segunda etapa consiste em considerar a ponderação que será feita sobre os dados globais, levando em consideração a importância para a empresa de cada alternativa.
3. Por outro lado, é necessário escolher um valor padrão com o qual cada critério será comparado.
4. Então você tem que construir a matriz. Pontuaremos com 1 se o critério for melhor que o valor padrão, 0 se for igual ou -1 se for pior.
5. Por fim, as pontuações são somadas, ponderadas e esses resultados são ranqueados com um número de acordo com a ordem de prioridade.

Vejamos algumas das características mais relevantes da matriz de Pugh:

• Como primeira característica, é simples, intuitivo e fácil de usar. Além disso, pode ser realizado com uma planilha e fórmulas simples como adição ou hierarquias.
• Ao contrário do que podemos deduzir intuitivamente, quanto mais complexa a matriz, melhores soluções ela oferece.
• Permite técnicas de gestão como “storming ou brainstorming”, pois todos os membros podem visualizar as opções classificadas por sua prioridade.
• No entanto, uma desvantagem é que é amplamente arbitrário e envolve uma alta dose de subjetividade.

Nós vamos colocar um exemplo. Imaginemos uma empresa, a Novaeconomiahoje, que oferece uma série de serviços que pretende estudar (alternativas). Além disso, levará em conta uma série de critérios para decidir a qual dedicará mais tempo no próximo ano. O exemplo é fictício.

Podemos observar que a tabela da esquerda mostra a matriz com os pesos e da direita a descrição dos critérios e condicionantes. Dessa forma, se pegarmos o custo tecnológico, -1 significa que é maior que o padrão, 0 seria o mesmo e 1 que é menor. Assim com o resto.

Vemos que as opções que teriam que gastar mais tempo, ponderação 0,35, seriam os cursos de formação e a que tem menos o dicionário, já que é publicado há muito tempo. No meio estaria o canal do YouTube e a seção de notícias.

Ao ponderar os dados de acordo com a importância para o negócio, os valores passam a ter uma hierarquia. Primeiro, os cursos, depois, a seção de atualidades e o canal do YouTube, e depois o dicionário. Como podemos ver, a matriz de Pugh nos ajudará a tomar a melhor decisão.