O conceito original é o “método do caminho crítico”, com sua sigla em inglês CPM (Critical Path Method), e tem sua origem em 1957, quando um centro de pesquisa operacional trabalhava em projetos para as marcas Dupont e Remington Rad.

Na ocasião, eles criaram um modelo que articulava todas as atividades de um projeto, do início ao fim, e analisavam o tempo necessário para cada processo, estabelecendo um tempo mínimo necessário para finalizá-lo. Considerando, nesse sentido, as contingências e os tempos para corrigi-las. Esse processo foi chamado de caminho crítico.

O método do caminho crítico ajuda os gerentes de projeto a ordenar as atividades em um fluxo e fazer estimativas de quanto tempo o ciclo inteiro deve levar em condições normais, otimistas e pessimistas. Entendendo este último como os imprevistos que podem surgir e o tempo necessário para corrigi-los.

Essas estimativas de tempo também são traduzidas em estimativas de recursos, capital humano e conhecimento técnico para realizar as atividades planejadas.

Conforme indicado acima, durante a projeção do caminho crítico, são considerados 3 cenários possíveis em termos de tempo:

1. Tempo mais provável ou tempo médio (m): Representado pela letra m, refere-se ao tempo que, com base na experiência por tipo de atividade, o projeto deve demorar.
2. Tempo ótimo (a): Representado pela letra a, refere-se ao tempo que a execução do projeto deve levar em condições ideais, sem alterações ou desvios. É o menos provável.
3. Pior tempo (b): Representado pela letra b, refere-se ao tempo que o projeto deve levar, considerando os desvios em etapas conhecidas do projeto, e o tempo necessário para resolvê-los.

Na construção do caminho crítico, devem ser incorporadas aquelas atividades que possuem folga zero, ou melhor, que não possuem flexibilidade no prazo. A soma do tempo de todas as atividades determinará o caminho crítico.

Por exemplo:

Se o projeto tiver 5 atividades no total; a, b, c, d e e.

• Atividade a: Tem folga de 1 semana; início do projeto.
• Atividade b: É imprescindível fazê-la dentro dos prazos estabelecidos, pois é 0; por exemplo, o estágio produtivo inicial.
• Atividade c: Tem folga de 3 dias; a etapa de controle de qualidade e embalagem.
  
• Atividade d: Folga zero, deve ser feita dentro do prazo, por exemplo, o embarque de um lote de produção.
• Atividade e: Tem folga de 1 dia, pois é o tempo adicional que o navio poderia levar para chegar ao porto.

Somadas, as atividades têm uma folga total de 11 dias, e as etapas b e d não podem ser postergadas, pois isso significaria períodos extraordinários, além daqueles estabelecidos no cenário mais pessimista. Ou seja, considerando os tempos máximos de atraso em todos os processos.

Em termos simples, o caminho crítico é um algoritmo que fornece informações matemáticas derivadas de estimativas reais dos tempos de execução de cada atividade, com atenção especial às atividades-chave, ou folga zero.

A elaboração do caminho crítico permitirá que os gerentes de projeto mantenham uma ordem quanto ao tempo do projeto. Estabelecendo, desta forma, cenários de menor ou maior probabilidade, tendo como principal objetivo o uso eficiente de tempo, recursos materiais e financeiros, atuando de forma eficiente nos processos da cadeia produtiva.