Análise vertical e horizontal
A análise vertical e horizontal são duas técnicas que permitem conhecer a composição das diferentes rubricas de ativos, capitais próprios, passivos e rendimentos, bem como a sua evolução ao longo do tempo.
Estamos diante das técnicas de análise financeira mais simples e úteis. Ambos nos permitem saber, por exemplo, que nosso maquinário representa 30% de nosso ativo imobilizado total e que, em relação ao ano anterior, esse percentual aumentou 5%.
Dessa forma, com a análise vertical, a empresa pode conhecer o percentual de cada item sobre uma massa patrimonial de seu balanço, como o ativo não circulante. Com a horizontal é possível obter informações sobre a evolução de cada item de um ano para outro.
Justificativa para análise vertical e horizontal
Quando uma empresa elabora suas contas anuais, balanço patrimonial e demonstração de resultados, ela também deve analisá-los. Desta forma, a análise vertical e horizontal é um ponto de partida fácil que pode ser feito com uma planilha.
A partir da análise vertical, a empresa decidirá se tem dívidas demais, ativos não circulantes ou outras contas e tomará as medidas corretivas quando apropriado. A partir da horizontal, você pode verificar se uma demonstração de resultados aumentou ou diminuiu e, se necessário, corrija o desvio.
Como realizar os dois tipos de análise
Mostraremos como realizar os dois tipos de análise e a complementaremos com um exemplo ao final desta definição para melhor entendê-la.
- Na análise vertical, cada item dos itens do ativo, patrimônio líquido, passivo e resultado é dividido entre um grupo destes, por exemplo, as massas patrimoniais. Desta forma, conheceremos as proporções em dados agregados de vários deles.
- Na análise horizontal, o que fazemos é calcular as taxas de variação de cada item de um ano para outro. Desta forma, poderemos conhecer a sua evolução ao longo do tempo e se foi positiva ou negativa, ou seja, se aumentou ou diminuiu.
Exemplo de análise vertical e horizontal
Imagine uma empresa que tenha um balanço como o mostrado na figura. Simplificamos o exemplo para simplificar. Por outro lado, calculamos as proporções (verticais) e as taxas de variação (horizontal).
Incluímos, como exemplo, as fórmulas utilizadas para máquinas e ativos não circulantes. Para a análise vertical, dividimos o valor do maquinário pelo valor do ativo não circulante e multiplicamos por 100 para expressá-lo como porcentagens de um sobre o outro.
No caso da análise horizontal, trata-se de uma taxa de variação anual. Subtraímos o valor do ano mais recente (2) menos o anterior (1) e dividimos tudo pelo último (1). Mais uma vez, expressamos tudo em porcentagens, multiplicando por 100.
Observamos várias coisas. Em primeiro lugar, os ativos não circulantes representam pouco mais de 60% do ativo total no primeiro ano (Av1) e caem para 51% no segundo (Av2). A composição do ativo circulante aumenta de um ano para o outro, sobretudo por causa da tesouraria.
Em relação ao patrimônio líquido, este também aumenta sua composição graças às reservas. Há também uma redução no passivo não circulante em função da amortização da dívida de longo prazo. Além disso, os fornecedores aumentaram, mas o de credores diminuiu.
A análise horizontal (AH) é feita apenas em uma coluna, pois a taxa de variação inclui os dois anos. Destacamos a redução anual de 20% de todos os itens do ativo não circulante por depreciação, que consideramos igual em todos para simplificar.
Para finalizar, observamos a redução de clientes ou o aumento de reservas e fornecedores de um ano para o outro. Como podemos ver, a análise vertical e horizontal é muito útil para fornecer informações contábeis relevantes. Com ele podemos tomar melhores decisões no futuro.